quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Bom Ano!!!

Um brinde a todos os dias em que vimos o sol a nascer. Um brinde a todos os momentos de felicidade que tivemos o prazer de desfrutar este ano, sem nos esquecermos de todas as dificuldades que apenas nos fizeram pessoas mais fortes, mais lutadoras e com mais vontade de ser felizes.

Um brinde ao ano que daqui a nada termina e um grande bem-haja a este novo ano que recebemos de braços abertos.

Que 2016 vos traga tudo o que mais desejam. Que seja um ano de optimismo, muito positivo, com saúde, trabalho para todos, felicidade e amor.

Façam como eu e brindem à felicidade e a um ano fantástico!


segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Um desejo!

Bom dia!
Estes dias souberam mesmo muito bem! Dias felizes, de tranquilidade, de partilha e de alguns exageros na ementa!! Obrigado por todas as vossas mensagens.

Deixo-vos aqui, no início desta semana, um dos meus desejos para todos os dias do ano. É um desejo simples mas tão importante! Dentro desta agenda com o nome "alegria" estão emoções essenciais à nossa vida. Cabem lá dentro, igualmente, o respeito, a harmonia e a paz que tanta falta fazem também.

Tenham uma óptima semana!



quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Um Feliz Natal!!

A todos vocês que passam por aqui, desejo-vos um Santo e Feliz Natal. Que seja uma quadra especial, onde não falte aquele brilho no olhar e o carinho de todos os que vos são especiais.

Neste Natal, desejo-vos Paz, Amor e muita Felicidade. Para que a magia desta altura vos aqueça os corações e vos faça viver momentos para recordar sempre!

Com um sorriso nos lábios, deixo-vos o meu "até já" e vou até ali continuar a ser feliz!


MERRY CHRISTMAS!!



segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

# Pensamento do Dia!

Bom dia!

Nada melhor do que estas palavras inspiradoras de Molière para começar bem a semana!! E o Natal que está tão próximo! 

Vamos lá entrar nesta semana com o pé direito? 

Vamos lá :)



sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

# Momento mágico... Driving Home for Christmas!

Bom dia!

Há momentos mágicos por aí. Há, pois! Como este proporcionado por alguém que eu admiro, com o David Fonseca. Uma fenomenal adaptação de um grande clássico de Natal, o Driving Home for Christmas, de Chris Rea.

Na sua moto, envolto por um cenário que se revela deslumbrante, a cada quilómetro, aqui ficam estes sons já a antever o Natal que está tão próximo!!

Boa sexta-feira e um óptimo fim-de-semana para todos aí desse lado!

# Sejam Felizes!




quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Sydney Cash, um artista invulgar!

Sydney Cash é um artista multifacetado. Trabalha em escultura, pintura e joalharia. O seu trabalho está presente em várias colecções no mundo inteiro, incluindo no famoso MOMA em Nova Iorque e no Museu das Artes Decorativas em Paris.

Com as suas esculturas manipula a luz como se tratasse de algo sólido, usando painéis espelhados para criar ambientes luminosos, ricos em luz e sombras. Estes painéis podem transformar um vulgar raio de luz e uma parede vazia numa peça de design inigualável.


Aqui fica um vídeo com o seu trabalho!







terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Amor e Outras Coisas (capítulo dez)

Amor e Outras Coisas (capítulo um)
Amor e Outras Coisas (capítulo dois)
Amor e Outras Coisas (capítulo três)
Amor e Outras Coisas (capítulo quatro)
Amor e Outras Coisas (capítulo cinco)
Amor e Outras Coisas (capítulo seis)
Amor e Outras Coisas (capítulo sete)
Amor e Outras Coisas (capítulo oito)
Amor e Outras Coisas (capítulo nove)


Era domingo de manhã. Chovia a cântaros lá fora e ela até há dois minutos dormia tranquilamente. O regresso de Rafael ao seu mundo era um dos seus muitos motivos para ser feliz. Acordou apenas com o som de uma mensagem no telefone. Ainda com o pensamento longe, decidiu ver de quem era. Não conhecia o número mas bastou ler as primeiras linhas para saber de quem se tratava. Teve vontade de atirar o telefone contra a parede mas conteve-se. Não ia adiantar nada e só lhe ia acrescentar uma despesa. Era melhor aceitar o encontro. Escreveu a mensagem de volta com simplicidade e sem emoção. Não estava a contar com esta mudança de planos. Fosse o que fosse, teria de ser rápido, pois ela tinha uma vida para viver. Recebeu, segundos depois, a resposta. Estava tudo combinado. 

Suspirou... Chovia como nunca lá fora.

Merda. Aceitaste porquê? Tens que aprender a dizer não, Leonor. Tens mesmo”, Dizia para si própria.

Como queria, chegou primeiro. Escolheu uma mesa com vista para a rua e decidiu encomendar o seu pequeno-almoço. Ela não demorou muito, apenas dez minutos depois lá estava ela. Trocaram um cumprimento curto e educado. Leonor olhou para ela com intensidade. À sua frente estava, nada mais nada menos que Mariana, a mesma Mariana que pensava um dia ter sido sua amiga. A história que lhe ia contando estava longe de a surpreender. Rafael já lhe contara em detalhe o seu encontro com ela e a mágoa que lhe ia no coração.

Infelizmente tudo agora fazia sentido. As críticas, as indirectas, os conselhos e as ironias mascaradas pelos sorrisos. Mariana tinha-a enganado bem. Nunca fora verdadeiramente sua amiga e se alguma vez o fora, qualquer vestígio desse sentimento desapareceu quando Leonor começou a namorar Rafael há três anos atrás.

Agora, tê-la, do outro lado da mesa, supostamente apaixonada pelo seu melhor amigo, deixava-a fora de si.

“Não dizes nada?”, quis saber Mariana.
“Que queres que te diga? Que estou feliz por estar aqui? Que não dormia mais uma hora? Que acredito em ti? Que tens o meu apoio? Só podes estar a brincar comigo.”

“Não percebes, Leonor? Eu estou apaixonada por ele. Será que ninguém percebe isso?”
“É claro que não percebo.” Leonor moderou o seu tom de voz que espelhava a sua indignação. “Tens cá uma lata de inventar esta história toda depois de tudo o que nos fizeste.”

“Mas é a verdade...”

“Não sejas parva...” cortou Leonor de forma áspera. “Depois de lhe contares quem eras e o que aconteceu no passado, esperavas o quê? Compreensão? Amor? Que ele te corresse para os braços?”
“Eu mudei, Leonor. Estou cansada de o dizer. Quando é que vão acreditar em mim?”

“Eu nunca vou acreditar em ti. O que fizeste para me separar do Rafa foi horrível. As mentiras, as intrigas… basta!”

“Também nunca esperei que percebesses. Tu sempre foste a mais perfeita. Os rapazes olhavam sempre mais para ti. Foi preciso aparecer a Rita para te roubar o Rafael. Doeu, não? Aposto que sim.”

“Mariana chega. Nunca te tomei como tão invejosa. Céus. Como é que nunca percebi como eras? É melhor ires-te embora. Agora.”
“É melhor. O ar está irrespirável. Contigo esteve sempre. Não preciso de ti para nada, sua falsa. Vou mas é à procura do Rafael.”
“Vais passar um mau bocado se não deixares o meu amigo em paz. Duvido que ele queira alguma coisa contigo.”
“A ver vamos...”

“Eu avisei-te. Depois não te queixes.”
“Adeus, Leonor. Obrigada por nada.”
“Vai-te embora, já.”
“Com todo o prazer.”

A porta da cafetaria bateu com estrondo, causando alguns olhares chocados mas o mau ambiente mantinha-se teimosamente. Leonor levantou-se e pediu mais um café para levar para o caminho. Precisava de sair dali. Pagou a sua conta e saiu para o dia gélido que a esperava lá fora. Soube-lhe bem… Precisava de respirar.

Imaginou uma vida sem Mariana. A sua relação com Rafael poderia ter seguido outro rumo. Ainda podia estar com ele. Afastou essa ideia do pensamento e fechou os olhos por poucos instantes. Inspirou fundo e recordou a conversa com Mariana. Perdera uma amiga. Mas será que ela alguma vez teria sido sua amiga?

O coração dizia-lhe que não.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Pensamento do Dia!

Eu escolho sempre a felicidade. Sempre. O ser autêntico e sem falsidades. Prefiro ser eu próprio do que estar a representar um papel diferente do que sou. É preferível ir em busca de toda a felicidade do mundo.
No final, os sentimentos são simples, nós é que os complicamos!


Boa Semana e... principalmente...

Sejam felizes!




sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Sons para o Fim-de-Semana!

Stress? Cansaço? Agora, nada disso importa. Estes primeiros instantes do post eram para serem lidos, os seguintes são definitivamente para serem sentidos. 
É altura de carregar no play e relaxar por uns minutos, pode ser?

Vamos lá, então!

Bom fim-de-semana! 



quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Amor e Outras Coisas (capítulo nove)

Amor e Outras Coisas (capítulo um)
Amor e Outras Coisas (capítulo dois)
Amor e Outras Coisas (capítulo três)
Amor e Outras Coisas (capítulo quatro)
Amor e Outras Coisas (capítulo cinco)
Amor e Outras Coisas (capítulo seis)
Amor e Outras Coisas (capítulo sete)
Amor e Outras Coisas (capítulo oito)

"Espero que corra bem..."
"Tomara..."

Rafael não conseguia ignorar este pensamento que recusava abandoná-lo. Estava demasiado nervoso.
A manhã estava decididamente fria. Rafael combinara um encontro para as dez da manhã, ainda inseguro. Ela dissera logo que sim ao seu convite mas a desconfiança na sua voz era notória. Ele percebia bem as suas reservas mas guardou a dor que elas provocavam no fundo do seu coração. Não era altura para isso. O tempo haveria de decidir o que poderia acontecer hoje. Passados dez minutos de ter chegado viu-a ao longe a ir ao seu encontro, sem saber o que ele teria para lhe dizer, depois de tudo.

“Obrigado por teres vindo. Não tinha a certeza se virias.”
“Achas mesmo que te fazia isso? Continuas a ser especial para mim, apesar de tudo.”
“E tu para mim. Desculpa-me por tudo o que aconteceu.”

O tom de Leonor mudara. De frio para algo mais parecido com a Leonor de outros dias quentes. Rafael permitiu-se a sentir um leve toque de esperança no seu coração. Ela, por seu turno, sentia-se a virar uma página na sua vida. Já não se impediu de soltar as palavras que tanto ansiava dizer.

“Rafael… chegou a altura de deixarmos isso para trás. Já só quero esquecer o passado.”
“Eu sei que não posso voltar atrás para mudar a nossa história mas devo-te esta conversa e mais que tudo, devo-te pedir perdão. Perdoa-me. Ninguém sabe mais o quanto eu errei.”

Leonor trazia o coração cheio. Há muito que esperava por este momento. Já não havia razões para estarem longe um do outro. As palavras saíam-lhe leves e soltas e directamente do coração. O pior já ficara para trás.

“Rafa, e quem disse que é tarde para sermos amigos?”
Leonor recuperara o sorriso inesquecível que Rafael conhecera desde sempre. Ele deu por si igualmente feliz.

“Ficava muito feliz se isso pudesse acontecer. Achas que podemos tentar recuperar a nossa amizade? Gostava muito. Perdoas-me mesmo?”

Leonor suspirou. “Já perdoei. Mesmo que pudesse voltar atrás, não me arrependo de te ter dado o meu coração. Dizia-te sim, outra vez. Fomos felizes enquanto durou. Pronto. Vamos seguir em frente?”
“Claro que sim. Fazes-me falta. Quero mesmo ter-te de volta na minha vida. Não imagino esta vida sem ti.”
 “Vamos começar do zero. Não há mais nada a falar sobre o passado. Já ficou tudo para trás. Custou-me muito perder-te. Não te quero perder outra vez, Rafael. Uma vez foi o suficiente. O que interessa é o que vem por aí. Combinado?”

“Combinado. Hoje começa a verdadeira história do Rafael e da Leonor, os melhores amigos.”
“É isso que eu quero.”

Não resistiram mais. Abraçaram-se com emoção num abraço longo que nenhum deles queria quebrar. As suas vidas não faziam sentido perante tamanha ausência. Agora, sim, Rafael estava feliz. Leonor estava de volta à sua vida.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

# Pieces Of Life #21

Gosto de criar novos projectos de fotografia. Criar algo novo, de raiz. Há duas semanas pensei nas texturas que a natureza nos oferece e nos pormenores que nos vão escapando no dia-a-dia. 

E assim nasceu o projecto "Texturas."

Esta é a primeira parte deste projecto!







segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

# Natal a caminho!!

A altura mais bonita do ano aproxima-se a passos largos!
Por aqui, o Natal é preparado com alguma antecedência. Não gostamos de deixar tudo para a última hora nem de passar horas em filas quase intermináveis. A ideia é sempre antecipar os preparativos.

O Natal por aqui está em pleno andamento. 

E por aí? Apostam em fazer algumas coisas antes ou são mais de última hora?


                  
                  Decorações natalícias escandinavas

domingo, 6 de dezembro de 2015

Amor e Outras Coisas (capítulo oito)

Amor e Outras Coisas (capítulo um)
Amor e Outras Coisas (capítulo dois)
Amor e Outras Coisas (capítulo três)
Amor e Outras Coisas (capítulo quatro)
Amor e Outras Coisas (capítulo cinco)
Amor e Outras Coisas (capítulo seis)
Amor e Outras Coisas (capítulo sete)


Rafael estava junto de Mariana. Podia ser qualquer Mariana que tivesse acabado de conhecer mas era a Mariana que já lhe era conhecida, a amiga de Leonor que nascera no Luxemburgo e se mudara há algum tempo para a Suíça. O tempo passara e a rapariga tímida de há uns anos mudara bastante.

“Mariana, não acredito que me mentiste. Podias ter-me dito logo quem eras.”
“Eu sei. Mas se te dissesse que era a Mariana, a amiga da Leonor, do Luxemburgo, tu ias lembrar-te de tudo o que aconteceu.”

“Ao menos saberias que eu detesto mentiras e segredos.”
“Mas perdoas-me? Não foi por mal.”
“Perdoar, sim, mas estou desiludido contigo na mesma. Eu e a Leonor. Conta-me tudo. Porque é que nos tentaste separar? Mais do que uma vez.”

Desenterrar o passado nem sempre é tarefa fácil e pela reacção dela, estava a ser particularmente difícil para Mariana abrir o coração. Rafael ansiava por algo. Mariana não se decidia e permanecia em silêncio, sem olhar para ele. Um silêncio ensurdecedor que o oprimia a cada segundo que passava.

“É assim tão difícil falares sobre o que aconteceu? As palavras saíam-lhe assim, sem filtros, tortas e pouco trabalhadas. Rafael procurava respostas mas Mariana tardava em responder, o que o deixava impaciente.
“Eu admito. Nunca quis que ficasses com a Leonor. Não mesmo.”
“Mas porquê? O que fiz eu de errado?”

“Tu? Nada. Pelo contrário. Eu via a felicidade dela e tinha ciúmes. Ciúmes terríveis. Sempre me senti assim quando vos via.”
“Isso quer dizer o quê? Que tinhas sentimentos por mim?”
“Não, eu nunca tive sentimentos por ti. Era uma estranha rivalidade que eu tinha com ela. Chama-lhe o que quiseres mas foi o que aconteceu. Eu queria-te nessa altura porque não te poderia ter.”

“Foi tudo um jogo? Enganaste-me? Aquela noite, na festa da Patrícia, na semana passada foi mais uma brincadeira tua?”
“No passado foi um jogo. Mas a semana passada foi real. Não te enganei, foi verdadeiro. Gosto mesmo de ti. Agora sim, tenho sentimentos por ti. Fortes.”
“Não acredito no que estás a dizer… mentiste-me uma vez e estás a enganar-me novamente. Tens prazer em partir o coração dos outros?”

“Estás a confundir as coisas. O passado é o passado. Hoje é tudo diferente. Sou uma mulher diferente. Eu mudei. Já me deixei de jogos e mentiras. Essa Mariana desapareceu, acredita.”
“Ouve, daqui a nada já cá não estou. Vou-me embora assim que me contes tudo. E a Rita? Onde fica ela nesta história toda?”

“Nunca imaginei que trocasses a Leonor pela Rita mas sabia que vocês não iam durar muito tempo. Mais cedo ou mais tarde serias meu. E aqui estás tu. Aqui comigo.”
“Não por muito mais tempo, acredita. És falsa. Não sei como me deixei levar. Nem acredito como não te conheci e ainda me senti fascinado por ti.”

“O passado é o passado, Rafael. Sou uma mulher diferente. Eu amo-te e quero-te para mim.”
“Mas eu não te quero. Não depois de saber de tudo.”
“Eu mudei, Rafael. Acredita.”
“Mariana, desculpa-me mas ninguém muda assim tanto. Adeus.”
“Espera… por favor."

Mas Rafael não esperou. Levantou-se, virou as costas e nunca mais se encontrou com Mariana. Sentia-se em choque com tudo o que ouvira. Agora só queria falar com uma pessoa. Apenas ela. Rafael só queria ouvir uma voz familiar. A voz dela. Não queria mais nada. 

Ou ela ou o silêncio.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Apetece-me!

...Ouvir algo diferente! 

Frank Sinatra é conhecido mundialmente como "A Voz" ou "The Voice" muito pelo tom inconfundível e também por ninguém se ter aproximado do seu génio. Para mim, é uma descoberta, a cada minuto e a cada segundo.

Sinatra é cada vez mais, um dos meus artistas favoritos! Deixo-vos aqui um óptimo som para este fim-de-semana que se aproxima!

Bom weekend! Divirtam-se!



quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Amor e Outras Coisas (capítulo sete)

Amor e Outras Coisas (capítulo um)
Amor e Outras Coisas (capítulo dois)
Amor e Outras Coisas (capítulo três)
Amor e Outras Coisas (capítulo quatro)
Amor e Outras Coisas (capítulo cinco)
Amor e Outras Coisas (capítulo seis)


Passava pouco das seis da tarde quando Rafael lá chegou. A tarde ia-se pondo e o céu, indiferente a tudo o que se ia passando cá em baixo, mergulhava decidido em tons de um amarelo e laranja vivo próprios de um fim de tarde inesquecível. Rafael continuou a andar. Aqui nada era lhe era estranho. Sentia-se bem com a familiaridade deste local que ele percorrera desde criança. Conhecia tudo com a palma das suas mãos. Os caminhos, as pessoas, os sons, as vistas e inclusive os barcos que partiam e regressavam para alívio de quem os esperava.

Onde estaria ela? Só queria voltar a vê-la. Saber quem realmente era Mariana, embora no seu coração já tivesse uma vaga ideia de quem ela poderia ser. Não quis acreditar que pudesse ser ela. Se fosse, tinha-se enganado redondamente. Não, não podia ser ela, seria uma coincidência que ele não poderia explicar. Afastou estes pensamentos e percorreu a zona ribeirinha, ansioso por rever a mulher que lhe mudara a vida nos últimos tempos.

Não a via em lado algum. Pensou em desistir, em abandonar esta ideia excessivamente romântica de encontrar alguém especial. Ia distraído com os seus pensamentos até que o seu olhar se fixou, ao longe, numa esplanada. Ali estava ela, sentada num banco de frente para os barcos que regressavam felizmente ao final da tarde. Naquele momento, o seu coração perdeu muito do seu entusiasmo. Não podia ser ela. Não podia...

Rafael suspirou. Foi ao encontro dela. Já não podia evitar o encontro pois ela também já o avistara. Ela sorria, parecendo aliviada por revê-lo, um sentimento que ele agora não partilhava.

“Olá Rafael.”
“Afinal és tu. No fundo, nem quis acreditar que pudesses ser tu.”
Mariana ignorou a reacção fria de Rafael. Estava preparada para o que viria a seguir. “Fico feliz por teres vindo.”
“Não sabia se “a” ia encontrar, passou uma semana. Agora encontro-te a ti. Diz-me que não és a mesma Mariana.”

“Esperei todos os dias por ti. Hoje era a última vez que aqui vinha.”
“Não quis imaginar que pudesses ser tu. Não quis mesmo. Naquela noite quase não te reconheci. Estás muito diferente, Mariana.”

“Sim, sou eu mesmo, Rafael. E estou desesperada por um beijo teu.”
“Primeiro explica-me tudo. Já sei que me mentiste. Nunca foste amiga da Patrícia, pelo menos da Patrícia que eu conheço. Nunca gostaste dela e nunca fizeste um esforço para o esconder. Lembras-te disso?”

“Desculpa ter-te mentido, mas é complicado…”
“Não é, a sério que não é. É tudo mais fácil quando se conta a verdade. E quando nos conhecemos há três anos atrás, poucas vezes me contaste a verdade.”

“Eram outros tempos, Rafael. Passou-se muita coisa na minha vida. Mas tens razão.”
“É o mínimo, Mariana. Há muito tempo que me deves algumas respostas.”

“Não queria que soubesses o que se passou, mas tudo bem, eu conto-te. Está mais que na hora.”

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Amor e Outras Coisas (capítulo seis)

Amor e Outras Coisas (capítulo um)
Amor e Outras Coisas (capítulo dois)
Amor e Outras Coisas (capítulo três)
Amor e Outras Coisas (capítulo quatro)
Amor e Outras Coisas (capítulo cinco)


Aquelas poucas palavras renovaram-lhe a esperança. Sentia a emoção ao vir de cima ao mesmo tempo que as dúvidas também se apoderavam do seu coração. Quando é que seria o encontro? No dia seguinte? Teria a sua oportunidade já passado? Passara uma semana e só agora é que ele tinha encontrado este bilhete misterioso.

Teria ela estado à espera dele num desses dias e entretanto já desistido de tudo?

Olhou para o relógio. Os ponteiros aproximavam-se das cinco da tarde. Ainda não entardecera. Pelo menos não de todo. Rafael sabia perfeitamente onde devia estar. Debatia-se com os seus próprios sentimentos. Devia ir? Sim ou não? Sentia-se nervoso, sem saber muito bem o que pensar ou o que fazer. Fechou os olhos. Estava sozinho em casa e havia um jantar já combinado com Rita, o que neste momento lhe parecia um contratempo no seu dia quando agora lhe surgia uma oportunidade de ir atrás da felicidade. Mas e Rita? O que fazer? Ele aceitara, a muito custo, o convite e agora teria de o cancelar. Foi até à varanda para respirar outro ar e olhar para o dia fantástico que estava lá fora.

O que viu deixou-o rendido. Não teve mais dúvidas. Aliás, para quê duvidar e perder mais tempo se o sinal ali estava tão presente? Olhou para o céu em tons azul e laranja que brilhava intensamente, convidando-o a sair. Abandonou todos os pensamentos que o levavam a Rita. “O Amor nunca esteve ali”, pensava ele para si próprio.

Rafael inspirou fundo, abandonou a varanda, saiu de casa e, de coração cheio, dirigiu-se ao local de onde os barcos partem mas regressam sempre.


Estaria Mariana lá? Ou seria demasiado tarde?

1 de Dezembro... Dia Mundial da Luta contra a Sida.

Hoje assinala-se o Dia Mundial da luta contra o VHI/SIDA. Um dia para despertar e para alertar para esta pandemia que afecta todo o mundo. Um dia para mudar as mentalidades.

Daqui envio toda a minha energia positiva para quem é portador do vírus. Força!
Juntem-se ao meu apelo para que este mundo seja um lugar melhor.  

#Não ao medo.
#Não ao estigma.
#Não à discriminação.
#Não à ignorância.